tag:blogger.com,1999:blog-374927312024-03-05T04:21:11.200-04:00Contos perdidosAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/02373000833536194920noreply@blogger.comBlogger20125tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-54792469848584523422009-07-12T02:45:00.004-04:002009-07-12T02:49:52.496-04:00<span style="font-size:85%;"><span style="font-family: verdana;">Fugindo do calor<br /><br />Há algo de nobre nas sarjetas noturnas</span><br /><span style="font-family: verdana;">sob a luz amarelada se torna nítido</span><br /><span style="font-family: verdana;">risadas altas demais e o vai-vem dos carros.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">em algum lugar uma garrafa cai</span><br /><span style="font-family: verdana;">e os gatos correm recitando poesia</span><br /><span style="font-family: verdana;">'prosa é coisa de cachorros', penso eu.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">após um dia infernal e irritável</span><br /><span style="font-family: verdana;">e um monte de "ês"que não se calam</span><br /><span style="font-family: verdana;">vale a pena sentir o líquido gelado</span><br /><span style="font-family: verdana;">o copo e a hora se esvaziam.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">existem coroas, chiados e luzes </span><br /><span style="font-family: verdana;">que ninguém mas vê ou não querem</span><br /><span style="font-family: verdana;">mas se que nem vale a pena pensar</span><br /><span style="font-family: verdana;">deixo essa missão para quem sabe, </span><br /><span style="font-family: verdana;">afinal, nunca gostei de bolas de lã.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">Livro: A aventura da reportagem</span><br /><span style="font-family: verdana;">Música: Little Joy</span><br /><br /></span><div style="text-align: right;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;font-size:78%;" ><span style="font-family: verdana;">By Doutor Estranho</span></span></span><br /></div>Doutor Estranhohttp://www.blogger.com/profile/08572116670286569719noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-87347995778134794412008-09-14T16:59:00.007-04:002008-09-14T19:09:50.975-04:00<div align="center"><span style="font-family:arial;font-size:180%;"><strong>O TEMPO PASSA, O TEMPO VOA...</strong></span></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-YGt5xsf0G6s1PfhNRH4UjfzpRraVCQYxFuwX9ntur-PkCZiiyhIjSM-6G_pb6c6ZIp92in_2JqWBIwzZ_Pf76UDxLDG6mPZeWgD_fT3IuGiXs_ebbQF7MKqRhgHd7Sk3mnfz5A/s1600-h/monica.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5245992121143891074" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-YGt5xsf0G6s1PfhNRH4UjfzpRraVCQYxFuwX9ntur-PkCZiiyhIjSM-6G_pb6c6ZIp92in_2JqWBIwzZ_Pf76UDxLDG6mPZeWgD_fT3IuGiXs_ebbQF7MKqRhgHd7Sk3mnfz5A/s320/monica.jpg" border="0" /> </a><p align="justify"><br />Há alguns dias, passei na banca - ó hábito diário! - e vi isso e, assim como todos que cresceram lendo Turma da Mônica, estranhei um pouco (por "um pouco" entenda um duplo-twist-carpado seguido de um sonoro "Como assim Wanessa???"). Eles cresceram? Mas como??? Eles tem 7 anos há mais de quatro décadas! </p><p align="justify">A nova jogada comercial do Maurício de Sousa poderia até ser interessante (pelo menos como idéia), mas ao ler o material, a sensação que ficou - além do estranhamento inicial, claro - foi a de que estava lendo as mesmas histórias de sempre ou, talvez, um dos filmes. Todos cresceram, Cebolinha ganhou mais cabelo, Cascão está tomando banho, Magali está de dieta e - pasme! - agora todos vão à escola; mas o humor continua bobinho e as histórias continuam explicitamente feitas para crianças. Foi divertido? Foi... mas só na hora!</p><p align="justify">"Sou a Mônica, sou a Mônica (dentucinha e sabichona)..."<br />(Quem não lembra dessa???) XP</p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02373000833536194920noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-51948715471797797182008-09-14T16:26:00.006-04:002008-09-14T17:34:26.178-04:00<div align="center"><strong><span style="font-family:arial;font-size:180%;">CARTOON LIFE</span></strong></div><p></p><p> Há algum tempo... alguns anos se for pensar bem, venho escutando "Cara, você parece um desenho animado!", daí olho em volta e penso...<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSvMsLAsvSeElMo5hfPaKkJVk_s959BSNCjwmd978jjtx9MixPFjuLG_3U7zePnwVAzdT_Tv-6_Og4AjvLPZ5zSSmMiDjPVI8bhRXbVgMwgcnlp1a0NOUiFPaEMwRp0kPsMFa7RQ/s1600-h/refeitorio+copy.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5245978115662435746" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSvMsLAsvSeElMo5hfPaKkJVk_s959BSNCjwmd978jjtx9MixPFjuLG_3U7zePnwVAzdT_Tv-6_Og4AjvLPZ5zSSmMiDjPVI8bhRXbVgMwgcnlp1a0NOUiFPaEMwRp0kPsMFa7RQ/s320/refeitorio+copy.jpg" border="0" /></a> Tá, né? Se vocês dizem! u.u"<br /><br />"... É que Narciso acha feio o que não é espelho..."<br />(Sampa - Caetano Veloso) </p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02373000833536194920noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-20522486034503379552008-08-19T21:32:00.005-04:002008-08-19T21:55:47.126-04:00<div align="center"><strong><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:180%;">CONVERSINHA (or something like it)</span></strong></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ9JrDwsKhjkddJUQd45mIauUlPIlit_aPtxJHnqHKhcjyiDVnBtCZGdla47cRWo4B2K22ZHDFxYcq6PC6Dee_-cJGS-mVKRWCyKv6JM16eJrQ-FP4SZaFQ4yS_j14amUORGNvhg/s1600-h/mouthless.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5236411187638643058" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ9JrDwsKhjkddJUQd45mIauUlPIlit_aPtxJHnqHKhcjyiDVnBtCZGdla47cRWo4B2K22ZHDFxYcq6PC6Dee_-cJGS-mVKRWCyKv6JM16eJrQ-FP4SZaFQ4yS_j14amUORGNvhg/s320/mouthless.jpg" border="0" /></a><br />- Pedro?<br />- Oi?<br />- Quero conversar contigo.<br />- Fala.<br />- O que aconteceu ontem? Hoje o clima estava tenso quando você saiu.<br />- Hm... não quero falar sobre isso.<br />- Por quê???<br />- Pela mesma razão pela qual eu não saio discutindo filosofia com as portas da casa.<br />- Como???<br />- Pensa comigo: eu vou dar os mesmos motivos que dei da última vez, você vai ignorar e falar EXATAMENTE as mesmas coisas da última vez, eu vou me irritar, subir o tom de voz e repetir tudo de novo pra - depois - ser ignorado de novo e sair daqui pronto pra avançar na jugular de alguém. Melhor não.<br />- O quê??<br />- É! E, convenhamos, eu ainda estou na segunda semana de aula... é realmente melhor deixar a depressão, os pensamentos suicidas e crises de culpa e ansiedade pro final do semestre, não?<br />- Não adianta falar com você mesmo... (vira de costas e vai embora)<br /><br />...<br /><br />(Quisera ter esse raciocínio rápido na hora... as coisas seriam tão mais interessantes)Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02373000833536194920noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-25972245224537329102008-04-11T01:32:00.001-04:002008-04-11T01:40:20.127-04:00<p class="MsoNormal" style="text-align: center; font-family: verdana;" align="center"><b style=""><span style="font-size:100%;">Manhã de persiana</span><o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;">Apoiando seu rosto nos braços, ele deita de bruços na cama. Observa as faixas de luz do sol, o pouco que adentra ao quarto, iluminar o corpo dela. Ele já se decidiu. Vai abandoná-la hoje. Ela está sentada, abraçando seus joelhos. Observa os próprios pés, concentrada. Ele a odeia. Sente-se culpado por ainda estar com ela. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;">Ela pega um esmalte, naquele tom que tanto adora e com toda a compenetração que tem começa a enfeitar-se. Ele observa o rosto de criança e seus olhos coloridos. Algo nela despertou seu interesse logo que a conheceu, mas hoje ele considera aquele momento algo muito remoto. Ela ajeita o cabelo atrás da orelha e volta a pintar-se.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;">Nunca pensou que ela pudesse ser tão cruel. Nunca pensou que alguém podia, de forma tão casual, ser tão manipulador. Ela interrompe seu afazer para ajeitar a única peça de roupa que está usando. Por um momento ele se pergunta se não foi um movimento calculado. Estava cansado dos joguinhos dela. Cansado da montanha russa que sua vida tornou-se desde que a conheceu. De sua tática de conseguir o que quer através dos outros. Não seria capaz de confrontá-la. Mas também não podia prosseguir ao seu lado. Ia embora. Naquele instante. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;">Ela boceja com a graça de uma infante, distraída. Podia estar pensando em roupas e bonecas ou ainda em viagens românticas. Mas ele não acreditava nisso. Iria terminar tudo hoje, a situação já havia tornado-se do insuportável. Ela assopra as unhas pintadas e depois estica as pernas, observando os pés à distância. Inclina o rosto como se tentasse decidir-se. Tempos atrás ele havia tentado expor seu ponto de vista. Mas a tristeza que ele leu nos olhos dela o fez perceber como estava sendo cruel. Ela explicou-lhe todos os fatos e ele sentiu-se constrangido. Havia sido cruel com ela, havia feito-a chorar e sabia que aquelas feridas não sumiriam tão rápido. Agora ele acredita que a culpa de ter acusado-a foi o que ela mais usou para silenciá-lo. Mas ele ia terminar o que começou. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;">Então ela colocou o esmalte de lado e olhou para ele. Seus olhares demoram-se dialogando algo difícil de definir. Por fim um dos dois agiu. Ela sorriu. Um sorriso completo, cheio de vida. Perfeito. Ele sentiu seu corpo arrepiar-se todo. O coração bateu mais forte e rapidamente suas mãos estavam geladas. Odiava não ter controle sobre seu corpo nesses momentos. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;">Antes que ela percebesse suas reações involuntárias ele fugiu de seu olhar e buscou articular alguma palavra enquanto tentava levantar-se. Mal havia começado o movimento, a mão dela encontrou seu rosto antes que falasse algo. O carinho foi leve e suave, transformando-se em um afago por seus cabelos, como ela tanto gosta de fazer. Então ele ficou ali, de boca meio aberta, olhando para aquele sorriso estonteante, aquele rosto inocente, sentindo suas mãos macias. E não sabia bem o que pretendia falar, muito menos no que pensava antes. Não havia como esconder sua reação. Com um olhar insinuante ela faz um pequeno ruído pedindo silêncio. Nem era necessário. Tudo nele havia se calado, estava maravilhado. E apesar de uma discreta lágrima rolar por seus olhos nos minutos seguintes, ele sentia-se imensamente bem.</span></p> <p style="font-family: verdana;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: right;" align="right"><span style="font-size:78%;"><span style="font-family: verdana;"> </span></span><b style=""><span style="font-size:78%;"><span style="font-family: verdana;">By Doutor Estranho</span></span><o:p></o:p></b></p>Doutor Estranhohttp://www.blogger.com/profile/08572116670286569719noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-37849754677948502792008-04-04T12:26:00.003-04:002008-04-04T13:30:53.457-04:00<p class="MsoNormal" style="text-align: center;font-family:verdana;" align="center"><b style=""><span style="font-size:100%;">Descanso</span><o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:verdana;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;">Paulo seguia pela estrada em uma velocidade permitida. Pelos seus cálculos deveria chegar em Pasárgada em umas duas horas. Estava exausto após passar o dia anterior derrubando as árvores da casa de Dona Magda. Pensava com saudades em seus namoricos que deixava para trás, mas sabia que poderia descansar à vontade. Quando a chuva passou pôde sentir-se mais seguro para acelerar mais. Faltava pouco agora. Então, avistou em frente uma fina coluna de fumaça alcançando o céu. “Deve ser um daqueles chalés rústicos da região”, pensou. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-family:verdana;"><span style=";font-size:85%;" > </span><span style="font-size:85%;">Após uma parada em uma lanchonete para comprar biscoitinhos e água, voltou animado para o carro. Teria o descanso que tanto desejara! Alguns quilômetros à mais e começou a ver casas e chalés, todos com carro na frente. Então, mas a frente estava um grande objeto atravessando a estrada. Freiou aos poucos até conseguir visualizar melhor. Era uma grande árvore. Parou o carro bem em frente a árvore. Saiu do carro e olhou para os lados. Casas ficavam a alguns metros da árvore, todas com um carro estacionado na frente. De uma delas vinha uma animada música e o som de risadas. Aparentemente pessoas dançavam ali, em plena manhã. Do outro lado da estrada uma janela exalava um delicioso sabor de café e torta. Mas ninguém andava pelo gramado repleto de casas com carros na frente. Uma menina se divertia em um balanço preo a uma grande árvore. </span></p> <p class="MsoNormal" face="verdana" style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;">- Ei, garotinha! – acenou para a pequena, tirando os óculos escuros. – Vem cá.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;">- Oi moço – falou timidamente a garota.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;">- Por que ninguém tirou essa árvore daqui? Pode causar um acidente. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;">A garota olhou para a árvore como se fosse parte da paisagem. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;">- Mas ninguém passa por aqui mais. A árvore não deixa.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;">- Como assim? Basta tira-la do caminho. Preciso ter minhas férias. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;">Sorrindo, a garota balançou a cabeça. – Não dá moço. Desde que me entendo por gente essa árvore está aí. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;">- E as pessoas que vem pela estrada como eu? Como elas fazem para passar?</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;">- Ah, elas não passam. Normalmente vêm de férias e ficam por aqui mesmo. – fez um ar pensativo enquanto olhava para Paulo – Na verdade, nunca vi ninguém ir até lá. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;">Paulo olhou ao redor novamente. Cantavam outra música na casa do outro lado da estrada. Observou melhor a árvore. Ao contrário do que pensava, ela parecia estar ali há bastante tempo. – Você não tem curiosidade de saber o que tem no fim da estrada?</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style="font-size:85%;">- Hum...não. Já tenho tanta coisa legal para fazer aqui... – e com uma gargalhada gostosa a garotinha voltou correndo para o seu balanço. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style=";font-size:85%;" > </span><span style="font-size:85%;">Paulo olhou para a estrada por onde veio. Depois deu a volta pela árvore e percebeu que talvez pudesse passar o carro entre os extremos dela e as outras árvores que a cercavam. Mas ao voltar para seu carro sentiu uma chuva fininha cair. Olhou para o céu e viu uma linda aquarela do pôr-do-sol, onde raios de luz misturavam-se com nuvens negras que se confundiam com o cair da noite. As luzes se acenderam dentro das casas e Paulo sentiu o cheiro de um bolinho de chuvas que sua mãe lhe fazia quando era pequeno. – Hum...porque não?</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><span style=";font-size:85%;" > </span><span style="font-size:85%;">E sorrindo pegou sua mala e trancou o carro, indo em direção a casa onde faziam tortas e café.</span> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: verdana;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: right;font-family:verdana;" align="right"><span style="font-size:85%;"><b style=""><span style="font-size:78%;">By Doutor Estranho</span> <span style=""> </span><o:p></o:p></b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: right;" align="right"><b style=""> <span style=""> </span><o:p></o:p></b></p>Doutor Estranhohttp://www.blogger.com/profile/08572116670286569719noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-49512558144952708232008-03-24T20:53:00.007-04:002008-03-25T21:13:30.143-04:00<p style="color: rgb(255, 255, 255); text-align: center;font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-weight: bold;"><blockquote>Quarto da Bagunça</blockquote></span><br /></p><p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Ai!!! – Gritou <span style="color: rgb(255, 255, 255);" class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">Alessandra</span>, lá da garagem. </span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Que foi? – achou melhor perguntar sem ir até ela, pois caso fosse até a garagem não teria mais chance de achar as velhas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">revistinhas</span> no empoeirado armário do quarto da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">bagunça</span>. – Ta tudo bem amor?</span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);">- </span><span style="color: rgb(255, 255, 255);" class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">Tô</span><span style="color: rgb(255, 255, 255);"> bem... – a voz dela demonstrava sua indignação. Por alguns segundos Eduardo avaliou se </span>deveria ir até lá... – foi só aquela caixa pesada que caiu no meu pé... - resmungou Alessandra.<br /></span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Calma amor, vou já-já aí. Preciso achar uns documentos velhos aqui. </span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Hum, sei. – ela estava ficando impaciente. – Você consertou o chuveiro?</span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Pergunta traiçoeira. Ele não teve tempo, chegou tarde do trabalho na sexta. Se conseguisse fugir dessa poderia estar com as revistas a salvo em sua gaveta no criado-mudo, tirando-as do limbo que era o quarto da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">bagunça</span>. Ademais, tinha esperanças de ir jogar futebol mais tarde. Um passo em falso e passaria o resto do sábado arrumando o chuveiro e todas possíveis <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">conseqüências</span> de não saber arrumar bem o encanamento do banheiro...</span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Ah, já amor eu estava....<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">autch</span>! – O barulho da queda fez <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">Alê</span> correr rapidamente para o quarto onde Eduardo estava.</span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Dado???? Dado? – ela <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">tranqüilizou</span>-se a ver a cena do quarto. Além da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">bagunça</span> natural do quartinho, Eduardo caído com a escada em meio às caixas e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">edredons</span> guardados desde <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">julho</span> passado. Entre papéis e caixas estava Eduardo com uma foto em mãos. Parecia absorto em pensamentos distantes, não choramingava pela queda, como o teria feito normalmente. - Amor?</span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">Sorriu. Mostrou a foto de alguns jovens gargalhando com uma cachoeira ao fundo.</span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Oh... faz tanto tempo que não vemos essas fotos...não eram da máquina do Marcel?</span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Eram sim. Têm muitas outras nessa caixa, da época da faculdade. E tem uma carta junto. - <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">Alê</span> passou o olho por mais umas duas fotos, onde eles e outros jovens sorriam. Após um estranho silêncio, pegou a carta feita em papel de caderno e começou a ler. </span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- “<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">Duca</span>, estou levando emprestados alguns de seus <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">gibis</span> para Recife. Sei que você vai pirar quando abrir essa caixa, mas em troca deixarei algumas lembranças nossas. Foi muito bom dividir o quarto tanto tempo e acredito que você vai estar tão ocupado com a mudança para a casa nova que vai acabar os guardando nessa caixa mesmo. Pense nesse “empréstimo” como um favor, já que a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">Alê</span> não vai querer que você guarde <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">revistinhas</span> tão antigas. De qualquer forma, quando abrir essa caixa pode me ligar na hora. Estarei esperando sua visita para devolvê-las. Minha mudança já foi semana passada e tenho que pegar a estrada agora cedo, pois nunca viajei tanta estrada de moto. Não fique chateado por não lhe acordar para nos despedirmos, mas você e a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">Alê</span> ainda estão dormindo. Como já disse para todos vocês, sempre quis ser o primeiro dos quatro a ir embora, por ter medo de ter que fechar o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">apê</span> sozinho. Como o Adriano já foi ontem, deixo minha chave para você e o Rui. Abraços <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">amigão</span>, nos vemos no casório.” – fez-se algum silencio entre os dois. – Você nunca tinha aberto essas caixas?</span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Não. Elas ficaram aí, guardadas. Sempre deixei para depois...tanta coisa a se fazer... – um silêncio desconfortável. Eduardo estava emocionado. <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">Alessandra</span> apertou sua mão. </span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Mas vocês se viram mais uma vez, na nossa festa... lembra?</span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Lembro... – Eduardo olhava para a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">bagunça</span> ao redor deles, como quem quisesses procurar algo mais – mais era tanta gente... eu lembro que ele cobrou uma visita, mas depois tive que assumir a empresa... e pensar que ele foi nosso padrinho...mas parando para pensar agora conversamos tão pouco daquela vez... – os dois se abraçaram. Uma nuvem deve ter coberto o sol do meio da tarde, diminuindo a claridade do quarto. – Lembra que no discurso dele ele falou algo sobre as revistas em <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">quadrinhos</span>? E-eu nunca o visitei antes do acidente...</span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Sim, eu lembro. Ele devia achar que você já tinha encontrado. <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_23">Alessandra</span> olhava pro rosto do seu marido bem de perto. </span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Eu nunca os emprestei pra ele.</span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Eu sei.</span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Ele gostava de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">gibis</span>.</span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Eu sei.</span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Eu tenho saudades.</span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Eu sei.<span style=""> </span><span style=""> </span></span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;">- Me abraça forte agora...</span></p><p style="font-family: verdana; color: rgb(255, 255, 255);" class="MsoNormal"><br /></p><p style="text-align: right;font-family:verdana;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 255, 255);font-size:78%;" ><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_25">By</span> Doutor Estranho</span><br /></span></p>Doutor Estranhohttp://www.blogger.com/profile/08572116670286569719noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-66851687998054631632007-12-08T11:06:00.000-04:002007-12-08T11:07:42.960-04:00<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-weight: bold;">Sonhos</span><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">O garoto e o cão corriam alegremente pelo quintal. Alguma brincadeira pueril, entre o varal de roupa e a mangueira que ficava lá no fundo. A mãe coloca o rosto para fora da janela e grita alto:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Menino, vem jantar!!! Para de levantar poeira, senão vai sujar as roupas!</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Já vou mãe!!! – mas ele sabia que ia demorar mais. Ele e o cão riam juntos em travessuras imaginárias que ocorriam muito longe dali. Era impossível não pensar por alguns instantes que o cachorro estaria entendendo a brincadeira. Ficava balançando o rabo e arfando com a língua para fora. Os dois continuavam a correr enquanto uma grande lua saía de trás de algumas nuvens e iluminava palidamente o quintal de terra vermelha. – Vou jantar agora. – o menino olhava fixamente nos olhos do cachorro – Me espera pra gente brincar depois? – e o cachorro sorria com os olhos como se compreendesse que era só questão de tempo para que os dois continuassem sua excursão por lugares distantes.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Da porta da pequena casa a mãe olhava para o filho agachado conversando com o cachorro. Impaciente gritava novamente – Vamos menino! A sopa vai esfriar! Sai desse sereno! – Chateado o garoto entrava na cozinha. – E você vai pra cama, porque amanhã tem que ir pra escola!! </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Mas mãe, eu combinei de brincar com o Bob...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Deixa de ser besta menino! O cachorro fica aí o dia todo! Vai jantar, se banhar e dormir! </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Mas mãe, ele vai ficar com raiva de mim...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Você pare com suas gaiatices pra cima de mim! Cachorro não pensa, meu filho! Cachorro não é gente! – ela falava gesticulando. Acuado o menino jantou sem falar nada. Após tomar banho, foi silenciosamente até o quintal e chamou o cachorro para perto tentando fazer silêncio.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Bob, a mãe não deixa a gente brincar mais hoje, mas amanhã a gente continua depois da aula tá? – falou enquanto carinhava a cabeça do cachorro branco, porém sujo de terra. Bob arfava positivamente e parecia um pouco desapontado. – agora vou dormir, se não a mãe vai brigar comigo. <span style=""> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Após escovar os dentes o garoto vai para cama. A mãe toma um banho após lavar a louça da janta e vai fechar a porta para o quintal. Ao <span style=""> </span>dar mais uma olhada pelo varal para certificar-se de que não esqueceu nenhuma roupa ela vê o cachorro, que lhe lança um olhar cordial – Hum! Conversando com o cachorro ...ora bolas! – resmunga para o vento. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Á noite o vento provoca um frio intenso. Dentro da casa o menino dorme em sua velha cama sonhando com todos os brinquedos que sonha em um dia ter para si. Lá fora o cachorro dorme encima de um velho tapete empoeirado. Suas patas se mexem involuntariamente e seus olhos movem-se. Ele sonha com um imenso campo verde com algumas árvores onde ele e seu dono correm livres, gargalhando por terem todo o tempo do mundo para brincarem juntos. Sem paradas para o jantar. Sem resmungos. E longe daquele lugar onde tudo acaba, mais cedo ou mais tarde, tomado pela poeira. </p>Doutor Estranhohttp://www.blogger.com/profile/08572116670286569719noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-8033728868053624722007-11-18T23:49:00.000-04:002007-11-19T00:36:30.217-04:00<p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:times new roman;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Destino </span></p> <p style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:times new roman;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:100%;" >- Pra onde vamos</span><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:100%;" >? – ela usou aquela expressão de quem não queria sair de casa.<o:p></o:p><br />- Não sei ao certo...estou pensando em irmos à praia...faz tempo...<o:p></o:p><br />- Ah, mas acho que vai chover...<o:p></o:p><br />- Então vamos ao campo...<o:p></o:p><br />- Não, já fomos na última vez....<o:p></o:p><br />- Que tal isso: vamos sortear!!!<o:p></o:p><br />- Sortear</span><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:100%;" >? – Ela olhou meio insegura – mas e se for um local estranho, assim, sem nada legal para fazer?<o:p></o:p><br />- Tipo, aonde estamos? – Ele foi em sua direção e segurou suas mãos. – Por que não? Vamos ficar fazendo o que aqui em casa?<o:p></o:p><br />- Ah, eu gosto daqui... – ela se distrai com uma borboleta atravessando a sala – Se bem que ando meio entediada... – sua voz começa a sumir um pouco.<o:p></o:p><br />- Eu sei meu bem – ele segura seu rosto e lhe beija – nada de programas recomendados dessa vez. Eu e você num local qualquer, nos divertindo...<o:p></o:p><br />- Mas assim, sem planejar? Qualquer lugar? <o:p></o:p><br />- Hum-hum! – Sorri para ela, tentando tornar a idéia mais fantástica.<o:p></o:p><br />- Mas como vamos sortear? Fazemos que nem nos filmes?<o:p></o:p><br />- Não, olha o que eu trouxe...lembra do tabuleiro do jogo que ficamos disputando no carnaval?<o:p></o:p><br />- Ah, tem um mapa aí! <o:p></o:p><br />- Isso! Agora pegamos um dado aqui de cima e jogamos bem pro alto...<o:p></o:p><br />- Ok. Agora? <o:p></o:p><br />- Sim, agora...</span><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:100%;" >– Os dois ficaram em pé de frente para o tabuleiro e fecharam os olhos - </span><span style=""><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Alea Jacta Est! </span><o:p style="color: rgb(255, 255, 255);"></o:p><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">- O que? O que é isso? – Disse ela segurando o dado.</span><o:p style="color: rgb(255, 255, 255);"></o:p><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">- Ah, é uma frase que eu ouvi por aí... </span><o:p style="color: rgb(255, 255, 255);"></o:p><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">- Quer dizer o quê?</span><o:p style="color: rgb(255, 255, 255);"></o:p><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">- Bem...olha, eu te explico no caminho... pode ser?</span><o:p style="color: rgb(255, 255, 255);"></o:p><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">- Hum... tá...mas eu vou querer saber hein?</span><o:p style="color: rgb(255, 255, 255);"></o:p><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">- Claro meu bem...grita junto comigo – os dois fecharam os olhos de novo e lançaram o dado no pequeno mapa.</span><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:100%;" ><o:p></o:p><br /></span><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-family:times new roman;font-size:100%;" >- ALEA JACTA EST – gritaram juntos. O dado rolou pelo tabuleiro e os dois olharam intrigados para o ponto do mapa que serviria de destino. E foi inevitável não sorrir.</span> <o:p></o:p></span></p>Doutor Estranhohttp://www.blogger.com/profile/08572116670286569719noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-79139832562635540592007-09-17T12:31:00.000-04:002008-11-13T21:40:04.162-04:00<strong><span style="color:#ffcc00;">Está escrito...</span></strong><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdYWieAXuWRumIb5fetB56SwXoBruhandZJFUydsX3Y5WdbIhLQpq6Lly7s56St5tqDwvi0sAdUglo13cgqqW12Kmrote8cwHupZo6Tu2TVBGn8RIpAi5E4TdrZriTCwd1seDPMg/s1600-h/writing_reality.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5111214209236803906" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdYWieAXuWRumIb5fetB56SwXoBruhandZJFUydsX3Y5WdbIhLQpq6Lly7s56St5tqDwvi0sAdUglo13cgqqW12Kmrote8cwHupZo6Tu2TVBGn8RIpAi5E4TdrZriTCwd1seDPMg/s320/writing_reality.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">"Palavras têm poder, sobretudo quando escritas" lhe disseram. Então, meio descrente, decidiu tirar a prova: escreveu num papel aquilo que mais desejava e passou a levá-lo consigo onde quer que fosse; olhando-o de tempos em tempos para lembrar a si mesmo da experiência. Os dias passaram, as semanas, os meses e - quase imperceptivelmante - as coisas se inclinaram favoravelmente à realização daquele desejo.Magia? Coincidência? Teria mesmo dado certo?</div><div align="justify">"Ora... Não que eu acredite nisso, mas se for mesmo essa a razão continuemos a escrever!" Então, confiante de que era o senhor de seu destino e tudo que nele pudesse acontecer, passou a escrever tudo que queria, tudo que sonhava, tudo; logo seu mundo - presente e futuro - estava todo nas páginas de um caderno, trancado a sete chaves numa caixa debaixo da cama. Quando o caderno acabou, enterrou-o numa noite de lua cheia, para que a terra acolhesse seus sonhos e, do barro, os trouxesse à vida. E assim continuou por anos, escrevendo seu proprio caminho com sonhos, esperanças e seus rituais de magia escrita.</div><div align="justify">Um dia, contudo, diante das novas responsabilidades e preocupações que o mundo lhe trazia, se esqueceu da magia... se esqueceu de acreditar e de escolher seu próprio caminho. Afinal quem acredita nisso hoje em dia? E continuou seguindo sua vida, agora sob as determinações do acaso e de quem lhe desse alguma ordem.</div><div align="justify">Muitos anos depois, no entanto, lembrou-se de seus velhos rituais e, entediado, resolveu ressucitá-los. Pegou um caderno, manipulou as probabilidades em suas páginas, o guardou e esperou...</div><div align="justify">Nada aconteceu.</div><div align="justify">O que mudou?</div><div align="justify">O que faltava?</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02373000833536194920noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-26771329706647715462007-09-05T15:23:00.000-04:002008-11-13T21:40:04.514-04:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcjkrYhL_m5gIkGX2lPPfWggGUd_uM-JlehZYAFeXNWX1UCIN81AFxcbOelT4sHe5_VBZ3qcDuVdq13dAlsLBCJVCc9ieKtSH3xALD0u4lvEdMHseHbmDk5F_JjlAhT6-CztTVYA/s1600-h/waapaaahhh.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5106803690164006114" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcjkrYhL_m5gIkGX2lPPfWggGUd_uM-JlehZYAFeXNWX1UCIN81AFxcbOelT4sHe5_VBZ3qcDuVdq13dAlsLBCJVCc9ieKtSH3xALD0u4lvEdMHseHbmDk5F_JjlAhT6-CztTVYA/s320/waapaaahhh.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIoQj-y97HfTOJZxF9n1AtM2U-ZXByJ0Eq7xpCO-h6ix2DQKcfcRxzcjfOGAVyxY1N9La3akhI67MdzHgL6TySCAClvcuLGlyr55qDGTZPU35D3gl1__icq9_XXKT225XRvM_u6A/s1600-h/waapaaahhh.jpg"></a><br /><br /><div>E finalmente as aulas começaram...</div><br /><br /><div>...começaram tarde<br />...começaram bagunçadas<br />...e começaram sob a ameaça de mais uma greve<br />mas ao menos começaram! ^^"</div><br /><br /><div>Pedro.</div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02373000833536194920noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-19023671558335516582007-09-03T19:13:00.000-04:002007-09-03T19:15:51.451-04:00Será que ainda sei escrever?<br />Será que ainda sei sonhar?<br />Será que ainda sei filmar?<br /><br />Meus filmes ainda são idéias<br />Meus livros ainda são papeis em branco<br />Meus dedos ainda não tocam<br /><br />Será que o será<br />Continuará não sendo?<br />Ou será que ainda é cedo?<br /><br />Espero que sim.Alexhttp://www.blogger.com/profile/14371533652833803611noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-53728950295546471192007-08-20T19:16:00.000-04:002007-08-20T19:21:19.337-04:00<div align="justify">Olá! Aos 5 leitores deste Blog me apresento. Meu nome é Alex Araújo. Conheço o Pedro desde 1998. Estudamos juntos... mas isso é coisa do passado. =P<br /><br />------------------------------------------------------------------------------------------------<br /><br />Putz! A vida passa de verdade.<br />Há pouco não sabia a real força do tempo.<br />Não que eu seja um idoso. Pelo contrário. Acho que a minha vida independente está apenas começando. Mas é que me olhando no espelho, o mesmo espelho de quinze anos atrás, senti que alguma coisa mudou. Não só fisicamente – algo bem notório, diga-se de passagem. Mudei de uma forma bem profunda. Esse tipo de mudança que você só se dá conta realmente quando pára... pensa... compara... e... putz! Quanta diferença!<br />Para alguns isso não é bom. Contudo, confesso que para mim não existe saudosismo de como era antes. A vida muda. E eu gosto de mudanças.<br />Agora, cá pra nós, eu adoro reencontrar os amigos do passado. Amigos que continuam amigos. Mesmo longe. Mesmo perto. Realmente não consigo imaginar a minha vida sem amigos. Por que são eles, os verdadeiros, que irão estar com você quando olhastes no espelho daqui a vinte, trinta, cinqüenta anos.<br />É... pelo jeito essa história de aniversário, reencontros com antigas amizades e espelhos antigos acabam mesmo mexendo conosco.<br />E eu gosto disso.</div>Alexhttp://www.blogger.com/profile/14371533652833803611noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-21394093843493670292007-08-13T10:14:00.000-04:002008-11-13T21:40:04.892-04:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSYWgwF52Ia1_kMrEznVmpM4GM3RAWvOdnSejQWaYGlgg1tSzPaPAOaWKbgW22xzFzalrESjzpM7aOWEOqyt28nc6Sox8q9KHjKu5xhm5fFZJJJg-Dz9TyBz60YhYh03-RP00uLg/s1600-h/onibus_light.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5098200432953128706" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSYWgwF52Ia1_kMrEznVmpM4GM3RAWvOdnSejQWaYGlgg1tSzPaPAOaWKbgW22xzFzalrESjzpM7aOWEOqyt28nc6Sox8q9KHjKu5xhm5fFZJJJg-Dz9TyBz60YhYh03-RP00uLg/s320/onibus_light.jpg" border="0" /></a><br /><div>- Oi!<br />- Ahn... oi?<br />- Não tá lembrado de mim?<br />(uma momentânea expressão de surpresa passa por seu rosto): Ah, oi!!! É você! Desculpa, mas... putz, há quanto tempo!<br />- Pois é.<br />- E como você está diferente! Emagreceu?<br />- Na verdade engordei, mas deixa pra lá!<br />- E o que você está fazendo da vida agora?<br />- Bom, tava fazendo direito na particular, mas tive que trancar o curso...<br />- Por quê?<br />- Ah, tava ficando caro demais e eu também vi que não é o que eu quero pra minha vida sabe?<br />- Sei, sei, entendo...<br />- Mas e você? O que está fazendo?<br />- Tô estudando pra um concurso!<br />- Nossa que bom! O da Polícia?<br />- Não, o do STPQP.<br />- Legal!<br />- E o pessoal? Têm visto alguém?<br />- Não muitos. A Tatiana virou minha vizinha.<br />- Sério?<br />- Sério.<br />- Irônico isso, né? Vocês viviam brigando na sala...<br />- Pois é, mas agora também não desgrudamos uma da outra. E ela tá diferente: Tá de namorado novo e já tão pensando em casar.<br />- Casar???<br />- É, também achei muito cedo, mas se eles são felizes assim, né?<br />- Né?<br />- E a Juliana? Vocês viviam grudadas...<br />- Ah, menino, não te conto!</div><div>- O que?<br />- A Juliana tava namorando outra menina, você acredita? Nunca achei que ela fosse sapata.<br />- Ah, normal...<br />- Mas agora ela largou a menina, renegou o passado e virou evangélica! Tá até estudando pra virar pastora.<br />- Wow... taí uma coisa que eu não esperava.<br />- Disse que finalmente ouviu a palavra de Deus... e aconselhou a ex a fazer o mesmo.<br />- Quanta empatia.<br />- Pois é...<br />- Pois é...<br />- Mas me fala de você, tá com alguém? Tá sozinho?<br />- Na mesma...<br />- Ah, fala sério vai!<br />- Sério, ainda estou sozinho!<br />- Ah, tá...<br />- Pois é... olha, é aqui que eu desço. Mas, ó, foi muito bom te ver de novo! Tava morrendo de saudades! Sempre gostei muito de você!<br />- Também gostei de te ver, foi bem legal!<br />- Não me esquece não, viu? Vamos marcar alguma coisa!<br />- Belê!<br />- Você tem o meu número?<br />- Acho que tenho aqui no celular...<br />- Tá bom. Beijo!<br /></div><div>E desceu do ônibus para retomar sua vida, deixando pra trás um ex-colega de escola, poeira, velhas lembranças e a inevitável impressão de que esses encontros (e, consequentemente, as conversas) ocasionais e saudosistas servem apenas para um propósito: alimentar a velha competição escolar de quem se daria melhor na vida.<br /></div><div>...e talvez uma ou outra massagem no ego também.</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02373000833536194920noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-8068411544441981832007-07-25T10:38:00.000-04:002008-11-13T21:40:05.168-04:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkivO0mTrDB0J_dcJoYzvGct_egRp1XY-bqDzc0E_BA-75s7KzM2eFzkMyL1xF-DlHKdRo9eOXE7NWux-GqTtq5v-OYueyRna0gaHevvetCxkxvOYi-XiYS9xRJxeRQlewtqHL4Q/s1600-h/new_post.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5091158466443317346" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkivO0mTrDB0J_dcJoYzvGct_egRp1XY-bqDzc0E_BA-75s7KzM2eFzkMyL1xF-DlHKdRo9eOXE7NWux-GqTtq5v-OYueyRna0gaHevvetCxkxvOYi-XiYS9xRJxeRQlewtqHL4Q/s320/new_post.JPG" border="0" /></a><br /><div align="justify">"Vocês sempre se agarram às velhas identidades, velhas faces e máscaras, mesmo depois que elas não servem mais. Mas, você tem que aprender a jogá-las fora um dia."</div><div align="justify">(Morte)Sandman #20, pág 19. Brainstore editora, 2002.</div><div align="justify">--------------------------------------------------------</div><div align="justify"></div><div align="justify">E assim começamos uma nova fase na história do m4rci4nos (ou o fim dela, como preferir)! E, confesso, sinto um certo peso por abandonar o barco assim; tipo, eu pensava que o flog ainda duraria muito e - quiçá - um dia o Alex e o Hemanuel voltariam a postar lá comigo, mas daí mudaram o layout do site, colocaram mais propagandas e restringiram os comentários (então minha maior alegria naquela budega) apenas aos floggers... e eu ñ conheço muitos (pra falar a verdade pouquíssimos, mas permitam-me ser posudo um vez na vida, ok?). Fazer o quê, né? Ce´st la vie!</div><div align="justify"></div><div align="justify">Mas isso já são águas passadas, estamos de casa nova e seja o que Deus quiser! Ainda estou pensando em coisas legais pra escrever aqui e em novos desenhos (talvez em, também, criar um desses "portfolios virtuais" como o flickr - é assim que escreve? sou tão bom com nomes... - ou o deviantart, mas isso ainda é apenas uma idéia), mas enquanto isso, continuamos aqui! Até mais!</div><div align="justify"></div><div align="justify">Pedro.</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02373000833536194920noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-21353916346967097612007-04-16T22:45:00.000-04:002008-11-13T21:40:05.534-04:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpoJaZ67LNeRazcrEswjdLMuddELClqsrwIzgEZCETmdcZ3rOZmzcodrnIxDbmS1DYlKcv_UHOd8WqjnHaVkoc7Tq58xczIhBvhe9DohoqfqPX_VXYKA4CTekvehqsQx9RQHPTyw/s1600-h/walking.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5054232858500050962" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpoJaZ67LNeRazcrEswjdLMuddELClqsrwIzgEZCETmdcZ3rOZmzcodrnIxDbmS1DYlKcv_UHOd8WqjnHaVkoc7Tq58xczIhBvhe9DohoqfqPX_VXYKA4CTekvehqsQx9RQHPTyw/s320/walking.gif" border="0" /></a><br /><div>Sim, eu sei que uma imagem sem narrativa fica estranha aqui, mas já que nem o Orkut, nem o Fotolog e nem o MSN (putaquepariu!!!) quiseram colaborar, eu tinha de postar meu 1º GIF animado em algum lugar! Aliás, se quiser vê-lo se mexer, clique na foto, ok?</div><div> </div><div>(na próxima voltaremos à nossa programação normal) ^^"</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02373000833536194920noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-64809069865097540952007-03-27T22:28:00.000-04:002008-11-13T21:40:05.997-04:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOKaXNDqH0A1C7jYxGmnrqiRE2wDcS7-NDstY_OvUzW7FRV7C5mxgXf2vBXqpRSHXuGB1gvF7exP6sOqutzQIy26n-ixfiaedhGPyg8sGAGmSRY4o0u2P_Ej9n74qbSl2LuNK6Pg/s1600-h/HPIM0270.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5046799495536896194" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOKaXNDqH0A1C7jYxGmnrqiRE2wDcS7-NDstY_OvUzW7FRV7C5mxgXf2vBXqpRSHXuGB1gvF7exP6sOqutzQIy26n-ixfiaedhGPyg8sGAGmSRY4o0u2P_Ej9n74qbSl2LuNK6Pg/s320/HPIM0270.jpg" border="0" /></a><br /><div>Mais um sonho, mais um texto (tanto que começo a achar que sou mais produtivo enquanto durmo e que, talvez, fosse melhor eu viver dormindo acordando, ocasionalmente, pra baixar as ideias da minha mente... ai, ai, como seria bom)...</div><div></div><br /><div>"O dia passa, o dia passa<br />Salas de reuniões vazias me esperam<br />Frases soltas dançam diante dos meus olhos<br />Ouço vozes de pessoas que nunca vi<br />O vermelho disputa, numa sala, com o amarelo</div><div></div><div></div><div> </div><div>O dia passa, as horas correm<br />Nuvens correm num videoclipe frenético<br />Conversas on line fecham os carros no trânsito<br />Caminho só, nunca sozinho<br />Embalado por vozes que nunca ouvi<br />Salas povoadas por rostos estranhos<br />Enquanto escrevo uma canção que escorre da minha mente</div><div></div><div></div><div> </div><div>Salas de reuniões vazias<br />Povoadas por rostos estranhos<br />Que cantam, com vozes desconhecidas, a minha música<br />Baixada da minha cabeça<br />Ecoando em salas e ruas vazias</div><div></div><div></div><div> </div><div>E se repetindo<br />E vazando<br />Repetindo<br />Me embalando com o vento<br />Rostos desfocados<br />Repetir<br />Vazando da minha mente<br />Repetindo<br />Repetindo<br />Vazando... até eu acordar."</div><div></div><div></div><div> </div><div>O mais estranho é que, durante o sonho, eu tinha consciência de que devia anotar tudo aquilo, mas tinha medo de que, ao acordar pra pegar papel e caneta, tudo acabasse... Pelo menos é mais uma idéia de desenho que eu arranjo! ^^"</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02373000833536194920noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-1167004153195948082006-12-24T19:40:00.000-04:002007-03-27T22:47:31.703-04:00Tive um sonho muito estranho. Claro, todos os sonhos são estranhos, mas esse foi diferente. Talvez porque tenha sido um sonho mais lógico, como uma história sendo contada ou um filme que eu estivesse assistindo (e atuando também, dado que era um sonho). Foi como uma mistura bizarra entre “Alice” (de Carrol), “Sandman” (de Gaiman) e lugares de Brasília. Inclusive aparecia uma Alice, do meio para o final do sonho, mas muito diferente daquela do desenho animado exceto, talvez, pela roupa. Bom, levando em conta que esse sonho me foi contado como uma história e que ando sem idéia alguma na cabeça, acho que posso criar uma história decente (ou o rascunho de uma história decente, como preferir) a partir desse sonho. Pelo menos é uma idéia.<br /><br /><em>"Num dia cinzento, numa cidade cinzenta, por ruas tortas e cinzentas corria um rapaz:estatura média, tipo físico normal, cabelos e olhos castanhos. Bom, isso não vêm ao caso agora; ele corria porque alguns homens corriam atrás dele. Os homens eram “máscaras”, policiais mascarados, e corriam porque alguém havia fugido da prisão. O rapaz também corria porque alguém havia fugido da prisão. Afinal, se um maníaco homicida estava à solta na cidade, o lugar mais próximo onde ele queria estar é o mais longe possível!<br /></em><br /><em>Logo, estavam todos correndo. O rapaz, então, entrou no primeiro beco que viu, sendo seguido pelos máscaras. Achando aquilo meio estranho, continuou correndo, saindo do beco e entrando num bar. Os máscaras seguiram o mesmo trajeto. Saindo pela porta dos fundos, correu ainda mais rápido, chegando a uma igreja. Vendo que os máscaras continuavam atrás dele, o rapaz – já P da vida – estendeu a mão e gritou em alto e bom som:<br /></em><br /><em>- Pááraaa!!!!!!!!!!!<br /></em><br /><em>Os máscaras pararam automaticamente.<br /></em><br /><em>- O que vocês estão fazendo?<br /></em><br /><em>Eles continuaram parados, olhando atônitos para o rapaz, até que o mais velho deles se pronunciou:<br /></em><br /><em>- Estamos perseguindo um perigoso fugitivo que escapou da prisão ainda hoje.<br />- Sei, e por que estão me perseguindo?<br /></em><br /><em>Todos fizeram cara de espanto e um outro máscara, o mais alto de todos, falou:<br /></em><br /><em>- Ora, você é o fugitivo!<br />- O quê???<br /></em><br /><em>O máscara mais velho, então perdeu a paciência.<br /></em><br /><em>- Ora, pare de se fazer de sonso Alice!<br />- Quem é Alice?<br /></em><br /><em>Todos os máscaras emudeceram.<br /></em><br /><em>- O que foi? Quem é Alice?</em><br /><em>- Peguem-no! – gritou o máscara mais velho, apontando-lhe o dedo.<br /></em><br /><em>Todos os máscaras pularam em cima do rapaz, imobilizando-o e, logo, estavam levando-o para a Cabeça, uma torre de pedra com uma enorme cabeça esculpida por onde se entrava pela boca. Com muita dificuldade – já que o rapaz não parava de se debater – levaram-no para a masmorra e lá o jogaram, literalmente.<br /></em><br /><em>Revoltado e perdido, o rapaz olhou em volta. Estava sozinho numa masmorra enorme e escura e cheia de ratos. E o pior: sem saber o que fez para estar lá. Viu um balde vazio no chão e, no auge da fúria, chutou-o longe gritando “O que foi que eu fiz???”<br /></em><br /><em>- Cale a boca, idiota! – foi a resposta que recebeu.<br /></em><br /><em>Olhou em volta e notou, num cantinho escuro (embora toda a masmorra fosse escura), alguém deitado:uma menina. Sem se virar, ela disse “Estou tentando dormir!” e voltou a se aconchegar no piso frio. Embora não gostasse de atrapalhar os outros – principalmente a dormir, coisa que ele gostava muito -, aquela menina era sua única companhia, e ele precisava conversar. Com muita calma, ajoelhou-se perto dela e perguntou:<br /></em><br /><em>- Quem é você?<br /></em><br /><em>Ela não respondeu.<br /></em><br /><em>- Oi? Quem é você?<br /></em><br /><em>Visivelmente sem paciência, ela se virou e olhou para ele. Levantou-se, arrumou o cabelo e o vestido e, antes que ele pudesse ver, havia acendido um cigarro e o tragava lentamente.<br /></em><br /><em>- To vendo que você não vai me deixar dormir tão cedo. O que quer?<br />- Ahn... Quem é você?<br />- Eu – deu uma tragada – sou Alice. E você, quem é?<br />- Eu... não sei.<br />-“Não sei”? Que nome estranho.<br />- Não, eu não sei o meu nome. Quer dizer, agora a pouco me disseram que eu me chamava Alice, mas na verdade eu não lembro... como me... chamo – disse isso num tom decrescente, até sua fala sumir. Alice continuou olhando-o, séria. Deu outra tragada e disse:<br />- Não lembra o próprio nome? Isso não é bom.<br /></em><br /><em>O rapaz fez um muxoxo e abaixou a cabeça. Alice deu mais um trago e jogou o cigarro fora. Olhou para o rapaz, sentiu pena dele. Meio sem jeito, ofereceu-lhe um lenço que trazia no bolso. Ele aceitou, mas não usou. Depois de cinco minutos, ele se levantou e olhou a janela, uma pequena abertura gradeada na parede de pedra. O sol estava se pondo. Alice, então encostada num canto, lhe disse:<br /></em><br /><em>- Você pode ter perdido seu nome, já pensou nisso?<br />- Perdido?<br />- É, perdido. Esquecido ele num bar ou coisa parecida.<br />- Eu não costumo ir a bares.<br />- Você joga?<br />- Não.<br />- Deixa pra lá... Ou podem ter te roubado!<br />- Roubado?<br />- Acorda pra cuspir, meu filho! Roubado! Muitas pessoas nessa cidade precisam de um nome! – agora falando mais consigo mesma do que com ele – E do jeito que é tapado, não seria difícil.<br />- O que?<br />- Ahn... Não é da sua conta!<br />- Mas como eu faço para encontrar meu nome? – disse ele se sentando desanimadamente num balde.<br />- Ei, inteligência rara, que tal procurar? Se nome tem que estar em algum lugar da cidade.<br />- Tá mas... como a gente vai sair daqui?<br />- Olhe pra cá.<br /></em><br /><em>A garota estava de braços cruzados, sorrindo de forma superior. Na parede atrás dela havia um enorme rombo, como se a parede houvesse sido demolida.<br /></em><br /><em>- Quem fez isso? – perguntou o rapaz, boquiaberto. Estava surpreso por não ter notado aquilo antes.<br />- O seu amiguinho aí, na hora em que você o chutou. – disse ela apontando para o balde sobre o qual ele estava sentado. – E então, vamos? Estou louca por um trago.<br /></em><br /><em>Então ele se levantou e atravessou o buraco, acompanhado de Alice. Iria procurar seu nome."</em><br /><br />Bom, é claro que há muito mais para contar. Do que eu me lembro, ainda há algo relacionado com condomínios residenciais sombrios, ascensoristas suicidas e tempestades, mas é melhor eu deixar isso para outra ocasião. Talvez eu transforme isso em quadrinhos, não sei. De qualquer forma, foi uma idéia que eu usei.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02373000833536194920noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-1165114431685221852006-12-02T22:52:00.000-04:002006-12-02T22:53:51.696-04:00“Estavam correndo no Eixão. Alexandre, Ernani e João num Opala preto, seguidos por seis caras num Vectra grafite. Três deles eles conheciam (ou pelo menos pensaram reconhecer... não era uma boa hora para se sentar e ficar analisando a cara deles): Calango, Hudson e Bruno. A cidade estava silenciosa, era madrugada de sábado; e as únicas coisas que se ouviam até então eram tiros, muitos tiros. Calango estava puto.<br /><br />- Putamerda! Putamerda!<br />- Cala a boca e acelera! Eles tão quase pegando a gente!!!<br />- Corre! Corre!! Corre!!!<br /><br />Ouviram uma das lanternas traseiras se espatifar. Numa tentativa de desviar o carro dos tiros, Alexandre foi bruscamente pra faixa da esquerda – o que não adiantou muito, já que, logo após, acertaram o espelho retrovisor. “Caralho, isso sempre dá certo nos filmes!”, pensou e, logo depois, se achou ridículo por pensar isso e se recriminou duramente.<br /><br />- Corre!!!<br />- To correndo, porra!!!<br /><br />João estava assustado. Não bastasse eles serem caçados (e, importante, a um passo de serem pegos e fuzilados), agora aqueles dois idiotas iam inventar de discutir??? Tudo o que ele queria, agora, era que aquele barulho todo acabasse e que o deixassem em paz. Sentou-se, quase em posição fetal no banco de trás do carro e cobriu os ouvidos desesperado. Talvez por estar lacrimejando, pensou ter visto algo brilhando no assoalho. Então piscou, piscou de novo – mas dessa vez por sentir que acertaram o carro de novo -, limpou os olhos e, do chão, tirou dois revólveres 38. Sem saber mais o que fazer, apontou os dois, através do vidro quebrado, para o Vectra e atirou. Sentiu um choque na mão direita e quase deixou a única arma que funcionara cair. Acertou o pára-brisa e o braço de Hudson. Acertaram seu braço direito. Só com seu grito Alexandre e Ernani tomaram consciência do que lê estava fazendo.<br /><br />- O que você ta fazendo???<br />- Aaai... eu... argh...<br />- Ce tava armado???<br />- Tavam no chão...<br />- Me dá! Anda!!!<br /><br />João lhe passou a que estava na mão direita. Ernani, na janela, atirou onde e como pôde: o 1º tiro se perdeu, o 2º ricocheteou no capô e o 3º, o ombro de calango. Nesse meio tempo – e de uma forma que nem o próprio conseguiria explicar -, João conseguiu destravar o revólver falho e verificar a munição. Atirou com o braço esquerdo (o único que lhe sobrara) e, em quatro tiros, conseguiu acertar o peito de Calango e a pneu direito do Vectra, que já vinha desgovernado.<br /><br />O carro capotou, dando duas cambalhotas antes de parar. O Opala parou, mais à frente.<br /><br />- Por que você parou?? Vamo embora!!!<br /><br />Alexandre o ignorou. Tinha de ver aquilo de perto, ter certeza de que tinha se livrado deles. O motor do Vectra soltava uma fumacinha estranha e uma roda ainda girava inutilmente contra o céu, ainda querendo avançar. Chegou bem lentamente, tentando – em vão – não quebrar aquele silêncio, quase que com medo de que qualquer barulho pudesse acordar os feridos do carro. Se abaixou e viu sangue pingando no chão. Daí uma dor súbita e atordoante na nuca. A escuridão...”Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02373000833536194920noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37492731.post-1163467387779600722006-11-13T21:20:00.000-04:002006-11-13T21:23:07.780-04:00Certas situações são tão pitorescas, tão comicamente triviais (e, conseqüentemente, próprias de crônicas do Veríssimo, séries de TV ou dos quadrinhos do Pekar), que você nunca imagina que elas poderiam acontecer com você. Pois é... mas tenho uma notícia: esse tipo de coisa acontece contigo, o tempo todo! O único detalhe é que, por algum motivo (falta de grana, os trabalhos da faculdade, doença, falta de tesão, a panela no fogo, as crianças ou o final da novela), você nunca repara... Até dar de cara com elas em alguma mídia e perceber o quanto elas são interessantes.<br /><br />Uma dessas situações é a da clássica “Me compra um absorvente?”. Ok, ok, para as mulheres isso não é nada importante afinal o que há de errado em se comprar para alguém o mesmo que você compra para si? Mas para os homens é uma situação de risco para um de seus bens mais estimados: a (dita) masculinidade.<br /><br />- Meu filho?<br />- Oi mãe. Pode entrar, a porta tá aberta.<br />- Você pode ir na farmácia comprar uma coisa?<br />- Tá. O que é?<br />- Um absorvente pra sua irmã.<br />- ...<br />- Você pode ir?<br />- Por que ela não vai?<br />- Porque ela tá com uma espinha “enorme” na cara e tá com vergonha de sair na rua.<br />- Vergonha?<br />- É.<br />- Ela tem coragem de sair na rua com aquelas calças e agora tá com vergonha por causa de uma espinha???<br />- Você pode ir ou não???<br />- Tá bom, tá bom, me passa o dinheiro então.<br /><br />Foi pra farmácia já imaginando toda a situação: o Felipe, conhecido nas redondezas por ser o “machão pegador”, o olhando desconfiado assim que chegasse ao caixa da farmácia com um gracioso pacotinho de Sempre Livre, tamanho médio (e COM ABAS, como foi devidamente enfatizado em casa) e a desculpa que daria (já que nem namorada tinha). Chegou e, fazendo força para parecer o mais normal possível, foi até a prateleira, pegou o pacotinho – maldito! -, foi até o caixa, pagou e foi embora com a sacolinha. Sobrevivera à experiência e ninguém dissera uma única palavra!<br /><br />Voltou pra casa meio aliviado e, também, meio decepcionado já que não pôde usar a resposta que vinha ensaiando desde que saíra de casa para tal missão. Ficou revisando-a vezes e vezes:<br />- Boa tarde!<br />- Boa tarde.<br />(olhando pro pacotinho e, depois, pra ele) – É foda quando nos obrigam a comprar essas coisas, não?<br />- Pois é...<br />- É pra sua namorada?<br />- Pra falar a verdade... é pra mim mesmo! O que até que é um bom sinal já que (como você deve saber) significa que não estou grávido!<br />- ...<br />(alisando a barriga) – Tava com um medo de ficar buchudo...Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02373000833536194920noreply@blogger.com3